tag:blogger.com,1999:blog-81140872222927125532024-03-19T05:53:16.917-03:00~ O Alto Sertão Baiano ~Unknownnoreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-71027772331771746452014-02-05T01:21:00.003-02:002015-06-07T19:45:43.638-03:00Apresentação<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Caro (a)
leitor (a),</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Seja bem-vindo (a) a este terreno cibernético inundado de linguagens, pelo qual o
presente
trabalho, "O Alto Sertão Baiano", constitui um produto
jornalístico formatado em uma grande reportagem. É de dentro das
comunidades quilombolas e de descendentes portugueses de Rio de Contas,
Bahia, na região sul da Chapada Diamantina, que a produção jornalística
se desenha.</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Resultado do
meu trabalho de conclusão da graduação (2010) em Comu<span style="font-family: "Times","serif";">nicaçã</span>o Social, da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia (UESB), apresento-lhes esta obra em sua<span style="font-family: "Times","serif";">
</span><span style="font-family: "Times","serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">mais
recente </span><span style="font-family: "Times","serif"; line-height: 150%;">2ª edição (2014).</span> </div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O exercício
do jornalismo, através do narrar, torna inteligível o processo de compreensão na construção da
realidade social, e se configura mais instigante ainda, quando acopla dentre
seus vários universos, linguagens e formas singulares de contar histórias. É em
um viés muito particular, quando de dentro da experiência jornalística, a forma
objetiva da escrita se comunica com a linguagem literária.</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O tema deste
trabalho reside na intrigante ausência de miscigenação entre a
comunidade dos
negros, os quilombos de Rio de Contas, Barra do Brumado, Bananal e
Riacho das Pedras, e a comunidade de brancos de descendência portuguesa,
Mato Grosso, até o ano de 2010. Foi neste ano em que foi realizado o momento da produção jornalística. É na
audição das fontes e abordagem dos aspectos sociais destes lugares, que a
narrativa jornalística se desenvolve com o aparato metodológico da
história oral.<br />
Trazer o
Alto Sertão da Bahia como lugar de encontro para este presente trabalho jornalístico
literário a que me propus, é uma grande responsabilidade. Trata-se de uma região constituída
por rico legado antropológico, cultural e histórico. A leitura social de Rio de
Contas, revela raízes profundas e sólidas, de expressões muito fortes, quer nas profundidades
dos olhares, na simplicidade das pessoas, na riqueza das narrativas, na
imponência dos patrimônios históricos, quer no que toca a religião. Diria que
este último aspecto representa o elemento integrador que expressa o sentido da
unidade cultural nas comunidades do município, sejam as comunidades rurais,
sejam da própria área urbana. A devoção aos santos padroeiros transmite uma
percepção de que as comunidades, por ora distintas em seus traços
característicos, podem falar, em determinadas esferas, a mesma linguagem e parecem se orientar pela
fé.<br />
Atores sociais, negros e brancos, narram, na reportagem, a constituição
originária de Rio de Contas, ao expressar a cultura e a visão de mundo que lideranças e pessoas das comunidades possuem. Ao mesmo tempo, as
informações destas fontes são interpostas por referenciais de estudos
antropológicos e historiográficos, tornando o conteúdo jornalístico
ainda mais rico.</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sem dúvidas, por meio do registro escrito do jornalismo, "O Alto Sertão
Baiano" marca temporalmente a história e a relação entre os quilombos e a
comunidade dos descendentes portugueses, que se separam ou se unem? por
apenas 8
km de distância. Este marco é temporal e de alta relevância, porque
precede o
posterior e pioneiro casamento de um quilombola com uma mulher de
descendência portuguesa entre tais comunidades, que, segundo informações de pessoas da comunidade negra de Barra do Brumado, ocorreu em 2011. É um fato inédito. Após mais de um século de abolição da
escravatura, houve a miscigenação cristalizada no casamento e gravidez de esposa
branca com marido negro, seguida de posteriores casamentos entre negros e
brancos das referidas comunidades vizinhas.</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A narrativa, também chama a atenção quanto ao abandono social sob o aspecto da cidadania (pacote de
desenvolvimento e condições de saúde, educação, transporte etc) nos quilombos,
ainda hoje submetidos a situações precárias, em que o difícil acesso às
estruturas como assistências médica e odontológica, ocasionam sérios riscos às
gerações que estão chegando e principalmente à terceira idade, ficando estes
desassistidos e vulneráveis.</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Esta é uma
história que não precisa de tempo, ela vai estar aqui, disposta para quem
quiser na internet, retirar o livro da estante e mergulhar num universo
semi dirigido, navegável por hiperlinks.</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Venha comigo
e embarquemos juntos<a href="http://www.altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/apresentacao.html"> nesta viagem</a>...</div>
<div align="right" style="line-height: 150%; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
A
autora,</div>
<div align="right" style="line-height: 150%; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
Anna
Karenina de Oliveira.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-76572432511529022592010-07-11T00:09:00.001-03:002014-02-05T01:33:05.857-02:00História Naquela Vila<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A extração do ouro logo interessou a Corte em organizar as burocracias para o erguimento da vila, e após autorização da Carta Régia em 27 de novembro de 1723, o Vice-Rei encarregou o Coronel Pedro Barbosa Leal, a erigir em 1724 a “Vila de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio das Contas”, com antiga sede onde é o município de Livramento. Entretanto, as enchentes nas épocas chuvosas e com as cheias dos rios, traziam doenças infecciosas que provocavam a chamada “febre de mau caráter”, o que levou a mudança da sede da vila. Assim sendo, D. João V, rei de Portugal, em 2 de outubro de 1745 autorizou a transferência da vila ao conde André de Melo e Castro, 5º vice-rei do Brasil, que no frio inverno de 1746 instalou a “Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas”, no planalto da serra, duas léguas de rio acima, lugar onde nasceu a primeira cidade planejada do Brasil, em meio a um <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Contexto Histórico</a> bastante peculiar.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A Igreja Matriz da nova vila já estava pronta para receber a freguesia do novo padroeiro, transferindo-se de Santo Antônio do Mato Grosso para o Santíssimo Sacramento, das Minas do Rio das Contas. A provisão real de 1745, enviada pelo rei, também autorizou a construção da Casa de Câmara e Cadeia (hoje o Fórum), do Pelourinho, da casa de fundição (hoje Câmara Municipal), abertura de ruas e praças e construção de casas. A Vila das Minas do Rio das Contas tornou-se cidade em 28 de agosto de 1885.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A festa mais tradicional da cidade, em que cantos e procissões são realizados para o Santíssimo Sacramento, o padroeiro de Rio de Contas, geralmente ocorre no mês de junho.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Atualmente, a cidade de Rio de Contas foi nomeada a cidade baiana da cultura de 2010, pelo Estado da Bahia.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div>
<br />
<a href="http://www.altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/apresentacao.html">Retornar para o Capítulo I</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Conheça o Contexto Histórico</a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-49864432000024457862010-07-11T00:07:00.005-03:002014-02-05T01:33:20.665-02:00Contexto Histórico<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
Rio de Contas reluziu muito ouro no século XVIII, e a <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a> definitivamente se consagrou em 1726, quando a Casa de Fundição foi inaugurada. Mas o posterior fim do ciclo aurífero no fim deste século pra o início do século XIX culminou na <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e a Violência no Alto Sertão</a>, elementos próprios de um centenário que estava apenas se iniciando.<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
O <b><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Declínio Econômico-social e a Escravidão</span></a> </b>era o cenário predominante a partir da década de 1840, em que o contexto da realidade Riocontense nesse período se agravava. A primeira metade do século XIX foi um período marcado por <b><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Secas e Lutas</span></a> </b>que caracterizaram um cenário social bastante contraditório. Mas uma suave <b><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/luz-no-fim-do-tunel-escravo.html"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Luz no Fim do Túnel Escravo</span></a> </b>começava a dar sinal no começo da segunda metade, até que finalmente o<b> <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/fim-da-escravidao-e-fome-no-sertao.html"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Fim da Escravidão e a Fome no Sertão</span></a> </b>encerrou o século XIX de muitos açoites em meio às alumiadas minas de muito ouro.</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span><br />
<div style="text-align: left;">
<br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
Sugestão:</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e a Violência no Alto Sertão</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html">Declínio Econômico-social e a Escravidão</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html">Secas e Lutas</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/luz-no-fim-do-tunel-escravo.html">Luz no Fim do Túnel Escravo</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/fim-da-escravidao-e-fome-no-sertao.html">Fim da Escravidão e a Fome no Sertão</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
Ir para:<br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/apresentacao.html">Capítulo I</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-ii.html">Capítulo II</a><br />
<a href="http://www.altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-iii.html">Capítulo III</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-iv.html">Capítulo IV</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-v.html">Capítulo V</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-vi.html">Capítulo VI</a></div>
</div>
<br />
Leia Mais:<br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/historia-naquela-vila.html">História Naquela Vila</a><br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-60111736609969662342010-07-11T00:07:00.002-03:002014-02-05T01:11:09.953-02:00Mineração<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
A Casa de Fundição de Rio de Contas foi criada em 1726, com a intenção de recolher o pagamento do quinto. O restante do ouro, depois de fundido em barras, era entregue ao minerador e estava pronto para ser levado pra fora da capitania. Os escravos localizavam e mineravam o ouro, mão de obra fundamental para este tipo de trabalho.<br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';">Mas o posterior fim do ciclo aurífero no fim deste século pra o início do século XIX culminou na<span class="apple-converted-space"> </span><span style="color: purple;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Produção Agrícola e a Violência no Alto Sertão</span></a></span>, elementos próprios de um centenário que estava apenas se iniciando.</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span class="Apple-style-span" style="color: #b8b8b8; font-family: 'Times New Roman', Times, FreeSerif, serif; font-size: 64px; line-height: 25px;">≈</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span class="Apple-style-span" style="color: #b8b8b8; font-family: 'Times New Roman', Times, FreeSerif, serif; font-size: 64px; line-height: 25px;"><br />
</span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 17px;">Leia Mais:</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 17px;"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e a Violência no Alto Sertão</a></span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 17px;"><b><br />
</b></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 17px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Retornar</a></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-90079613884890492232010-07-11T00:07:00.000-03:002014-02-05T01:35:46.386-02:00Produção Agrícola e Violência no Alto Sertão<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
O início do século XIX foi marcado pelo fim do ciclo do ouro, com o esgotamento das jazidas e a conseqüente decadência econômica em Rio de Contas.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
A partir da década de 1820 o Brasil passava por um momento delicado na política, em que o movimento antilusitano e as idéias republicanas se aproximavam das camadas pobres. Homens brasileiros de várias classes sociais e etnias, diante de agressões e movimentos de rua, contestaram os incômodos privilégios e prestígio dos portugueses, e iniciaram atos de perseguição, como saques e mortes instaurando um cenário de muita violência. Esta situação encontrou no Alto Sertão baiano palco propício para a formação de tropas formadas por homens livres na disseminação não só desse sentimento antilusitano, como também dos propósitos políticos do mata marotos. A Vila das Minas do Rio das Contas ao longo dos anos 20 do século XIX tornou-se local dos interesses políticos desse grupo, que usavam a violência para a manutenção da ordem e abuso de poder por autoridades locais, que se misturaram com os movimentos da independência na disputa entre os brasileiros na expulsão e assassinatos de portugueses.<br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';">O<span class="apple-converted-space"> </span><span style="color: purple;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com.br/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Declínio Econômico-social e a Escravidão</span></a></span><b><span class="apple-converted-space"> </span></b>era o cenário predominante a partir da década de 1840, em que o contexto da realidade Riocontense nesse período se agravava.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><span class="Apple-style-span" style="color: #b8b8b8; font-family: 'Times New Roman', Times, FreeSerif, serif; font-size: 64px; line-height: 25px;">≈</span></span></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman';">Sugestão:</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html">Declínio Econômico-social e a Escravidão</a></span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><b><br />
</b></span><br />
Leia Mais:<br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a></span><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e Violência no Alto Sertão</a><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><br />
</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman';"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Retornar</a></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-1976390281633775172010-07-11T00:03:00.000-03:002010-07-11T02:17:17.798-03:00Declínio Econômico-Social e Escravidão<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A falta de perspectiva de ascensão social e material dos livres pobres, já seguido do aumento dessa parcela populacional sobreposta pela criminalidade em alta, favoreceu a manutenção da violência na ordem escravocrata, a partir da década de 1840, geridos por um grave descontrole social.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Em <st1:metricconverter productid="1844, a" w:st="on">1844, a</st1:metricconverter> descoberta de diamantes em Mucugê e Lençóis ajudou a deflagrar ainda mais a fragilidade da economia Riocontense. A criminalidade, misturou-se também aos conflitos entre negros e brancos, frente de resistências, revoltas escravas e negociações entre os vários grupos sociais, segundo a historiadora Nanci Lima em seu trabalho “A exploração aurífera na Bahia oitocentista”.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A autora observa a ineficiência da Justiça sob o Código Criminal de 1832, que “castigava os pobres e beneficiava os de posses, principalmente no que se refere à manutenção dos castigos corporais aos escravos”.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">“<i>Clara Maria da Conceição açoitara até a morte a escrava Anna, usando um instrumento contundente na coxa, pescoço e nádegas. A escrava andara fugida dos seus Senhores em Casa de Telha e foi morta por castigos empregados por sua senhora</i>”, trecho de um processo crime, no dia 18 de novembro de <st1:metricconverter productid="1843. A" w:st="on">1843. A</st1:metricconverter> escrava assassinada já sofria de sífilis antes da surra que a levou até a morte.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A primeira metade do século XIX foi um período marcado por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html">Secas e Lutas</a></span> </b>que caracterizaram um cenário social bastante contraditório.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div><br />
Sugestão:<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html">Secas e Lutas</a></span></b><br />
<b><br />
</b><br />
Leia Mais:<br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e Violência no Alto Sertão</a><br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html">Declínio Econômico-Social e Escravidão</a><br />
<br />
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Retornar</a><br />
<br />
<br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-10473995475267879152010-07-11T00:00:00.000-03:002010-07-11T02:21:55.313-03:00Luz no Fim do Túnel Escravo<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A situação de desordem, conflitos e a razão da força do trabalho escravo predominar nas fazendas, favoreceram a liberdade dos escravos da cidade, enquanto os do meio rural eram desfavorecidos na conquista da alforria. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A historiografia revelada nos estudos “Alforrias em Rio de Contas – BA, século XIX” (Universidade Federal da Bahia), da historiadora Kátia Almeida, aponta que entre 1800 e 1888, 1.777 escravos foram libertos no município, a maioria residente nas áreas rurais. Os estudos demonstram que a partir da década de 1830, 17,3% dos cativos eram africanos, residentes na vila e povoações e que os cativos predominantes até 1830, eram crioulos (nascidos no Brasil), resultantes da dinâmica econômica da época, antes da extinção do tráfico negreiro ocorrida em 1850. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A partir desse período não houve mais participação do município na compra de escravos vindos da África, embora um pequeno número de escravistas detivesse um grande número de escravos nas suas propriedades. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Porém, a extinção do tráfico no Alto Sertão ocasionou dificuldades para os cativos conseguirem suas alforrias devido à valorização da mão de obra escrava com o tráfico interprovincial. A conquista da liberdade foi usada pelos senhores como meio de controle perante os prisioneiros, que por sua vez, se inseriram nos processos de negociações para obtenção da alforria, principalmente após a Lei do Ventre Livre de 1871, acabando por modificar o cenário escravista, que se viu submetido a pressões para obtenção da liberdade por parte dos escravos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Até que o<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/fim-da-escravidao-e-fome-no-sertao.html">Fim da Escravidão e a Fome no Sertão</a></span> </b>encerraram o século XIX de muitos açoites em meio à terra reluzente a ouro.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Sugestão:</div></div><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/fim-da-escravidao-e-fome-no-sertao.html">Fim da Escravidão e a Fome no Sertão</a></span></b></span><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><b><br />
</b></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Leia Mais:</div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e Violência no Alto Sertão</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html">Declínio Econômico-Social e Escravidão</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html">Secas e Luta</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/luz-no-fim-do-tunel-escravo.html">Luz no Fim do Túnel Escravo</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Retornar</a></div></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><br />
</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-88099083866195751652010-07-10T23:58:00.001-03:002010-07-11T02:23:43.537-03:00Fim da Escravidão e a Fome no Sertão<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Em 1888, foi abolida a escravatura, embora o estigma do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sangue negro </i>persistisse em vários aspectos na vida dos ex-escravos que ainda sofreram muito com as secas sazonais ocorridas no período, causando desabastecimento, fome e mortes. Esses fatores afastaram produtores que migraram e provocaram séria crise na economia local. Idas para o litoral e outros lugares da Chapada Diamantina foram as vias alternativas, na fuga da seca, que dizimou grandes contingentes populacionais.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><b><br />
</b></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Leia Mais:</div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e Violência no Alto Sertão</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html">Declínio Econômico-Social e Escravidão</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html">Secas e Luta</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/luz-no-fim-do-tunel-escravo.html">Luz no Fim do Túnel Escravo</a></div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Retornar</a></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-53058198353642855272010-07-10T22:35:00.002-03:002014-02-05T00:21:00.989-02:00Terra de Riacho das Pedras<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-autospace: ideograph-numeric; text-indent: 35.45pt;">
A terra de Riacho das Pedras agora respira debaixo d’água, enquanto a maioria de seus membros se dispersou Bahia à fora. “Essas famílias foram para a periferia de Rio de Contas, Livramento, Salvador, São Paulo, Rio, Brasília, Paraná. Daqui também, porque foi um desânimo depois da barragem, o pessoal começou a abandonar, a barragem ia tomar tudo, as terras, tudo inundadas”, lamenta Seu Carmo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-autospace: ideograph-numeric; text-indent: 35.45pt;">
Embora alguns moradores não possuíssem os títulos e escrituras das terras, pelos muitos anos de habitação a posse era garantida. No entanto, Carmo afirma que, por inocência, os moradores que tinham os certificados de propriedade das terras deram os papéis ao DENOCS, que em troca prometeu levar benefícios para a comunidade, como atendimento à saúde e educação. O resultado foi quando o órgão comunicou que todos abandonassem as terras, “e até hoje não foi resolvida a questão, porque o DENOCS não pagou um pau de terra pra essas pessoas, até hoje na foram pagas”, afirma Carmo. O Governo por sua vez, além de prever que a indenização seria feita tendo como base somente as casas e construções, e não considerando o valor total das terras, também não cumpriu as promessas de urbanização das vilas, saneamento básico, treinamentos agrícolas e programas sociais, conforme eram previstos no projeto.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-autospace: ideograph-numeric; text-indent: 35.45pt;">
Em dezembro de 1999 a propriedade, de aproximadamente 1.400 hectares de terra, retornou do Estado para as originárias mãos dos quilombos de Barra e Bananal, em definitivo, concedida pelo Governo Federal, sendo os títulos emitidos pelo Estado.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Atualmente, “nós temos uma ação no Ministério Público Federal, junto ao DENOCS”, relata o líder Carmo, referindo-se ao processo que se arrasta na justiça à respeito da indenização pelas terras desapropriadas, que até hoje não foram quitadas.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<a href="http://www.altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-v.html">Capítulo V</a><br />
<a href="http://www.altosertaobaiano.blogspot.com.br/p/capitulo-iv.html">Retornar ao Capítulo</a><br />
<br />
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-71932581477555760972010-07-10T22:34:00.002-03:002010-07-11T02:41:14.895-03:00Secas e Fome no Sertão<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><i></i><br />
<i></i><br />
<i><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A grande seca que arrasou a região na década de 1930 ocorreu num período bastante difícil para as aldeias quilombolas, conta Carmo Joaquim da Silva, quando no tempo vivido por sua mãe. “Nos anos 39, teve uma grande fome aqui na região. Uma seca. E houve fome mesmo. Minha mãe tinha casado e ela teve o primeiro filho. Foi difícil, ela passou um dia sem comida e com fome. Achou uma raiz de mandioca na estrada, um pedaço de mandioca, botou no dente, mastigou tava doce”. A mãe de Carmo, a já falecida Dona Lindaura Maria de Jesus, levou pra casa e cozinhou com farinha a raiz da mandioca braba e quase morreu, mas não deu ao primogênito Manoel, irmão de Carmo. “Ela comeu, ela xingou. Só que ela não deu ao menino não, não deu ao meu irmão não”, relata Carmo, e continua, “tinha outra farinha de bolacha lá, e ela fazia mingau pra ele. Ela que comeu”.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></span></div><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a></span><br />
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</div></i></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-74125640594969241362010-07-10T22:33:00.005-03:002010-07-11T02:58:01.981-03:00Reisado<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><span class="apple-style-span">O reisado é uma festa popular que acontece no período natalino, que vai de 24 de dezembro a 6 de janeiro, em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo com versos referentes a viagem dos Reis Magos pelo Oriente, a trazer a boa nova do Deus Menino. A tradição foi trazida ao Brasil pelos portugueses na era colonial.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Mas outros elementos como a <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html">Recomendação das Almas</a>, <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html">O padroeiro do Quilombo</a>, o<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-4-riacho-das-pedras.html"> Bendengó</a> e o <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura.html">Artesanato</a> compõem a cultura do povoado negro.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></span></div><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a><br />
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</div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-6103468210633365832010-07-10T22:32:00.003-03:002010-07-11T02:52:58.591-03:00Recomendação das Almas<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A Recomendação das Almas é uma tradição religiosa que acontece durante a quaresma e os ritos da Semana Santa. Orações e vários cânticos são entoados em louvor aos parentes e amigos que já morreram, homenagem aos ancestrais. Geralmente a Recomendação das Almas se realiza em dias de números ímpares à noite, sendo a sexta-feira da Paixão o dia em que os devotos iniciam uma caminhada noturna ao cemitério e <st1:personname productid="em sil↑ncio. A" w:st="on">em silêncio. A</st1:personname> meia noite (horário em que os mortos chegam ao mundo dos vivos), o ponto alto da procissão, velas são acesas e outros cânticos são entoados. Na volta, o grupo deve parar em alguns pontos significativos para a comunidade, em cinco, sete, ou nove (um número ímpar determinado pelo padre-mestre), como casas existentes no passado, cruzeiros ou encruzilhadas, onde mais cânticos são entoados, sendo estes oferecidos as almas do purgatório, do cemitério, dos necessitados, de pai e mãe, dos afogados, da encruzilhada, dos ofendidos (mortos devido à picada de cobra), do sertão, dos atirados (mortos à bala), e da tapera (casas habitadas no passado).</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Acesso os outros elementos culturais:</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-1.html">Reisado</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html"></a><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html">O padroeiro do Quilombo</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html"></a><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-4-riacho-das-pedras.html"> Bendengó</a> </div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura.html">Artesanato</a> </div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a></div></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-44307871008720943262010-07-10T22:31:00.006-03:002010-07-11T02:54:58.071-03:00Bendengó<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-autospace: ideograph-numeric;"><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-autospace: ideograph-numeric; text-indent: 35.45pt;">Acompanhado de roda e palmas, o bendegó tem origens na África, é uma dança realizada originalmente por negros oriundos da Costa de Mina. A realização do bendengó ocorre geralmente dentro das festividades populares católicas, praticado nas localidades quilombolas em Rio de Contas. Mesmo assim, marca explicitamente uma prática eminentemente negra e distintiva.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Esse samba feito aos pares, segundo Carmo Joaquim da Silva, está como projeto da comunidade para ser considerado patrimônio cultural, apresentações dessa dança foram feitas, pelo grupo, em Salvador e em municípios da Chapada Diamantina. A dança revela a herança africana. “Antigamente tinha mais, porque hoje precisamos de material, roupa própria, os instrumentos vão acabando”, diz Carmo a respeito da escassez dos recursos para uma organização e preservação dessa cultura.<br />
<br />
<br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Acesso os outros elementos culturais:</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-1.html">Reisado</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html">Recomendação das Almas</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html"></a><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html">O padroeiro do Quilombo</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura.html">Artesanato</a> <a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html"></a></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a></div><div><br />
</div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-39332345375173251192010-07-10T22:31:00.005-03:002010-07-11T02:54:26.172-03:00São Sebastião<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-autospace: ideograph-numeric;"><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">Santo branco nascido na Itália, alistou-se no exército romano com a intenção de afirmar o coração dos cristãos frente às torturas sofridas por volta de 283 d.C. <span class="apple-style-span">Num momento em que os cristãos eram perseguidos, acabou por ser denunciado e preso pelas tropas romanas.</span> Por ter sido condenado à morte, sofreu tentativa de execução por flechas, estando amarrado em troncos de árvore. Mas foi encontrado ainda em vida por uma cristã de nome “Irene” que o teria levado para casa ajudando-o com os ferimentos. Em poucos dias São Sebastião restabeleceu-se e decidiu apresentar-se ao rei Diocleciano, que ordenou que o soldado fosse açoitado até a morte em 286 d.C.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Acesso os outros elementos culturais:</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-1.html">Reisado</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html">Recomendação das Almas</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-4-riacho-das-pedras.html">Bendengó</a> </div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura.html">Artesanato</a> </div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a></div><div><br />
</div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-20532122665661504022010-07-10T22:30:00.003-03:002014-01-13T11:20:59.108-02:00Artesanato do quilombo<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
As artesãs trabalham com material de sacaria e pano selecionado por crivo (triagem) rústico, produzindo peças como bolsas de vários tamanhos, blusas, chapéus e faixas para o cabelo. Carmo Joaquim da Silva, líder da comunidade, diz que elas “fazem vários modelos, de bordado à tudo. Aprenderam através de um curso que o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) promoveu aqui. Está ligado ao resgate, mas assim, precisou de curso também como um incentivo. Mas no passado tinha, que hoje não tem mais, fiar linha na mão, com o próprio fuso, enfiava as linhas, naqueles baús velhos que tinha... Eu sei que minha mãe e minha tia fiavam naqueles baús velhos cheios de linha, tudo na mão. Não era nada de máquina não, na mão mesmo. Com aquelas linhas, tecia, e fazia os panos”.<br />
<br />
<br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
Acesso os outros elementos culturais:</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-1.html">Reisado</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html">Recomendação das Almas</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-2-marca-de-nascenca.html"></a><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html">O padroeiro do Quilombo</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-3-do-sertao-de-cima-e-do.html"></a><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-4-riacho-das-pedras.html"> Bendengó</a> </div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;">
<a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-17744204976171398212010-07-10T22:28:00.001-03:002010-07-11T03:01:53.587-03:00Desafios e Superações<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;">Momento Desafiador</span></b><br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">“Pra eu me formar foi difícil, porque eu tinha que sair daqui com 11 anos pra ir em Rio de Contas estudar. Morei lá durante seis anos numa casa de família. Eu trabalhava durante o dia como empregada doméstica na casa de um senhor e estudava durante a noite. Nos meus dois últimos anos do ensino médio que eu comecei a ir e voltar todos os dias, de lá pra cá (do quilombo para Rio de Contas), caminhava muito, era um horror... </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Mas consegui me formar, e depois fiz o concurso da Prefeitura. Passei no concurso graças a Deus, e comecei a trabalhar na área de saúde numa comunidade longe. Eu andava 23 km, um gelo, era sofrido, eu ia ficava lá a semana e voltava na sexta-feira. Quando apareceu outro concurso em 2001 para professora, fiz e consegui passar, momento em que comecei e trabalhar aqui na comunidade... Mas depois de muito tempo! Até hoje estou aqui. Casei, tenho outro filho e não penso em sair daqui.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Adoro minha profissão, meu sonho! Quando eu era agente na área de saúde, trabalhava por necessidade, porque não tinha outra opção. Mas trabalhar com criança, ainda mais na educação infantil, é o que eu mais queria, é minha paixão. Eu fiz normal superior, terminei ano passado, e eu pretendo com fé em Deus fazer faculdade de pedagogia um dia. Meu sonho! Meu sonho! Com fé em Deus!”, conta sua história de vida, a professora Sandra. Própria de uma suavidade, raramente já vista, a quilombola é cheia de vida nas palavras, carregadas de uma experiência vivida por muita luta e amor.<br />
<br />
<br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/capitulo-5-voz-de-experiencia-e-cultura_10.html">Retornar ao Capítulo</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify; text-indent: 48px;"><br />
</div><div><br />
</div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8114087222292712553.post-4301812861845030952010-07-10T20:01:00.000-03:002010-07-11T02:35:45.410-03:00Secas e Luta<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-autospace: ideograph-numeric; text-indent: 36.0pt;">As secas também castigaram na metade do século XIX, ao mesmo tempo em que alternativas como a policultura nos minifúndios e criação de animais se davam paralelas às relações de poder, na ordem jurídico-política determinada pela metrópole portuguesa. Pesquisas comprovam a existência de uma sociedade contraditória: de um lado uma vida social com alto nível de riqueza, e do outro a escravidão e a miséria das populações afro-brasileiras.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">A mão de obra escrava, sem dúvidas, foi o que assegurou o sustento da região, que tanto na pecuária, quanto no transporte, agricultura, artesanato ou prestação de serviços, necessitava do trabalho forçado para garantir a estrutura econômica, em meio a muitos conflitos sociais.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Mas uma suave<b> <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/luz-no-fim-do-tunel-escravo.html">Luz no Fim do Túnel Escravo</a></span> </b>começava a dar sinal na segunda metade do século XIX.<br />
<br />
<br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 64px;">≈</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Sugestão:</div><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/luz-no-fim-do-tunel-escravo.html">Luz no Fim do Túnel Escravo</a></span></b><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><b><br />
</b></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Leia Mais:</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/mineracao.html">Mineração</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/producao-agricola-e-violencia-no-alto.html">Produção Agrícola e Violência no Alto Sertão</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/declinio-economico-social-e-escravidao.html">Declínio Econômico-Social e Escravidão</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/secas-e-luta.html">Secas e Luta</a></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><a href="http://altosertaobaiano.blogspot.com/2010/07/contexto-historico.html">Retornar</a></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0