A falta de perspectiva de ascensão social e material dos livres pobres, já seguido do aumento dessa parcela populacional sobreposta pela criminalidade em alta, favoreceu a manutenção da violência na ordem escravocrata, a partir da década de 1840, geridos por um grave descontrole social.
Em 1844, a descoberta de diamantes em Mucugê e Lençóis ajudou a deflagrar ainda mais a fragilidade da economia Riocontense. A criminalidade, misturou-se também aos conflitos entre negros e brancos, frente de resistências, revoltas escravas e negociações entre os vários grupos sociais, segundo a historiadora Nanci Lima em seu trabalho “A exploração aurífera na Bahia oitocentista”.
A autora observa a ineficiência da Justiça sob o Código Criminal de 1832, que “castigava os pobres e beneficiava os de posses, principalmente no que se refere à manutenção dos castigos corporais aos escravos”.
“Clara Maria da Conceição açoitara até a morte a escrava Anna, usando um instrumento contundente na coxa, pescoço e nádegas. A escrava andara fugida dos seus Senhores em Casa de Telha e foi morta por castigos empregados por sua senhora”, trecho de um processo crime, no dia 18 de novembro de 1843. A escrava assassinada já sofria de sífilis antes da surra que a levou até a morte.
A primeira metade do século XIX foi um período marcado por Secas e Lutas que caracterizaram um cenário social bastante contraditório.
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